sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Presente de Deus para você: os Dons

Presente de Deus para você: os Dons

Texto Base: Mateus 25. 14-30

Olá, no sermão de hoje iremos ver algo essencial para o plano da salvação –Os dons espirituais - e iremos começar com a parábola dos talentos. Os talentos eram um tipo de moeda que era muito utilizada no tempo de Jesus. Ela tinha um alto valor, uma só valia entorno de 6000 dias de trabalhados ou 35 kg de prata. Ao convertermos para hoje utilizando a quantidade de dias teríamos que apenas um talento valeria R$ 176.000,00, ou seja, quem recebeu dois teria R$ 352.000,00 reais e cinco R$ 879.999,99. Então, como podemos ver, os trabalhadores receberam uma quantia muito alta.
Dessa parábola três coisas chamam-me atenção:
1.                       Deus nos dá talentos conforme a nossa capacidade:
Na parábola, os três homens ganham quantidades diferentes de talentos (e responsabilidades) segundo as suas capacidades. “A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu” (Mt 25.15 Apesar de talentos diferentes, todos receberam talentos. Mesmo o que recebeu apenas um talento, recebeu algo precioso e de muito valor e podia fazer esse talento frutificar!
2.                       Deus deseja que multipliquemos os talentos que nos dá:
No acerto de contas vemos que aquele senhor se alegra com os servos que multiplicaram o talento que receberam, sem distinção. O que recebeu menos foi honrado do mesmo jeito que o que recebeu mais. O que o senhor viu foi a fidelidade no uso daqueles talentos: “Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” (Mt 25.20-21)
3.                       Deus nos cobrará pelo que fizermos com os talentos:
Todos os três homens que receberam talentos foram cobrados pelo que fizeram com eles. Receber talentos é também receber responsabilidades. O último, apesar de ter apenas conservado o seu talento, recebeu dura cobrança por não o ter multiplicado. O senhor foi severo com ele, tirando dele aquele talento: “Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? (…) Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez.” (Mt 25.26, 28)

Essa parábola me faz pensar, para que eles servem? Para responder essa pergunta veremos três capítulos importantes da bíblia que falam desse assunto, são eles Efésios 4, I Co 12 e Rm 12 todos eles possuem listas de dons, porém como são diferentes significa que é apenas exemplificativo, ou seja, existem outros dons além desses.

Ao ler esses textos podemos encontrar algumas coisas bem interessantes sobre os dons espirituais algumas delas são:
a)      Efésios 4: 4-16

1-      A graça nós é concedida segundo a proporção do dom (vs7): quanto mais dons tivermos, mais utilizarmos, mais reponsabilidade teremos e por isso mais graça.
2-      Jesus concede dons (vs 8-11).
3-      Os dons servem para o aperfeiçoamento e união do povo de Deus (vs 12-16): os dons servem para manter o povo de Deus unidos e fortalecidos contra as investidas de satanás e assim crescerem em Cristo Jesus sendo Ele a cabeça da igreja.

b)      I Coríntios 12: 1-30

1)      A mensagem era muito importante para igreja de Corinto (Vs1): Paulo não queria que seus irmãos em corinto permanecessem sem conhecer a verdade sobre os dons espirituais.
2)      Organização da obra redentora (vs 4-6): Estes versículos destacam a obra redentora divina. Foi Deus quem deu origem a essa obra, Cristo a organiza em diferentes ministérios, o Espirito organiza e entrelaça os diversos dons entorno desse ministério.
3)      Os dons visam o bem comum, proveitoso (vs 7-10): Todos os dons são dados para um propósito no plano missionário da salvação.
4)      O espirito dar os dons a quem Ele quer (vs 11): O espirito é quem decide qual dom teremos, pois há pessoas que somente nós com aquele dom podemos alcançar.
5)      Todos os dons são necessários (Vs 12-31): não existe hierarquia de dons, uns podem ser mais vistos que outros, outros podem trazer mais pessoas a Cristo do que uns, mas todos são importantes.

c)       Romanos 12: 3-8

1)      Unidade no corpo que é Cristo (vs 3-5): Devemos estar cientes que fazemos parte de algo maior que nós, vivemos em comunidade com um único objetivo que é levar pessoas a Cristo, mas para isso devemos utilizar os nossos dons.
2)      Dons segundo a graça (vs 6-8): Existe uma relação intima entre a graça e os dons que são vários e todos eles importantes para a obra de Deus.

Deus dá os dons para servirem na sua obra. Todos são importantes e foram dados com um único objetivo que é levar pessoas a Cristo, por isso Deus cobra daqueles que não estão utilizando seus dons para o serviço de Deus e o lugar deles será onde haverá dor e ranger de dentes. O que você está fazendo com seus dons? Deus espera que vocês utilizem no proposito para que foram dados senão Deus cobrará de você no seu devido tempo.
Alguns anos atrás eu comecei a estudar a bíblia, com o tempo comecei a sentir que Deus estava me chamando para compartilhar, através da pregação, o que havia aprendido. Contudo, devido a minha timidez, tinha medo de pedir oportunidade para pregar até que uma noite tive um sonho em que eu estava sentado na igreja e me via pregar. De repente, o eu que estava pregando falou para mim que estava sentado: “porque você recusa-se a pregar? Deus lhe deu este dom e você deve utiliza-lo”. A partir daí fiz uma promessa para Deus que não esconderia o meu dom e pregaria sempre que ele me chamasse e para isso Deus tem me preparado e estou sempre pronto para pregar em qualquer canto que Ele me chamar e assim, através da pregação, salvar o máximo possível de pessoas para honra e gloria de Deus. Faça isso você também, hoje é o dia da mudança, faça uma oração a Deus dizendo que a partir de hoje você utilizará os dons que ele deu para o trabalho divino. Lembre-se que existem pessoas que só você pode alcançar com seu dom e Deus cobrará o sangue dela a você. Está na hora de acordar desse sono e utilizar aquilo que Deus te deu, então vá, levante-se e assuma seu lugar no corpo de Cristo e salve pessoas pelo nome daquele que deu tudo por você.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O Sábado parte 4: O sábado no antigo testamento


1.1 O sábado foi dado antes do Sinai

Após a criação o texto que fala claramente sobre o sábado está em Êxodo 16: 4,5,22-28 que diz:
“Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá, e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu o prove se anda em minha lei ou não. E acontecerá, no sexto dia, que prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia. E aconteceu que ao sexto dia colheram pão em dobro, dois ômeres para cada um; e todos os príncipes da congregação vieram, e contaram-no a Moisés. E ele disse-lhes: Isto é o que o Senhor tem dito: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, guardai para vós até amanhã. E guardaram-no até o dia seguinte, como Moisés tinha ordenado; e não cheirou mal nem nele houve algum bicho. Então disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto hoje é o sábado do Senhor; hoje não o achareis no campo. Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele não haverá. E aconteceu ao sétimo dia, que alguns do povo saíram para colher, mas não o acharam. Então disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?” (Êxodo 16: 4,5, 22-28)
O interessante é que este texto relata um evento que aconteceu antes do Sinai, mas fala do sábado e não só isso, mas Deus também fala: “para que eu o prove se anda em minha lei ou não”. O mais intrigante é que Ele não fala “para ver se eles andarão em minha lei”, ou seja, isto mostra que a lei da guarda do sábado já existia antes deles terem saído do Egito e naquele momento Deus poriam eles a prova para ver se todo o povo estava guardando o sábado e quando eles não guardam o sábado Deus fala: “Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?” o que comprava que a lei já existia antes do monte Sinai inclusive o mandamento da guarda do sábado.
Outro texto que mostra que a guarda do sábado é anterior ao monte Sinai está em Êxodo 20: 8-11
“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.” (Êxodo 20:8-11)
O próprio texto da lei dada no Sinai mostra que o sábado já existiam antes dela, pois ele fala “lembra-te” alguém só pode lembrar de algo que ele já conhecia, por tanto eles já guardavam o sábado antes da lei ser dada no monte Sinai e ainda mostra o motivo pelo qual o sábado deve ser guardado: “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.”
Desta forma podemos dizer que o sábado foi instituída por Deus antes do monte Sinai ainda no Éden e que o povo hebreu guardava o sábado antes do monte Sinai onde Deus a confirmou falando com sua própria voz no monte (Ex 20:1).

1.2 O sábado foi dado para a humanidade


Muitos dizem que o sábado foi dado apenas para o povo hebreu, mas existe não é isso que a bíblia diz. Existem alguns textos no antigo testamento que mostram que o sábado foi dado para toda a humanidade.
Como já foi dito anteriormente, a guarda do sábado foi instituída no jardim do Éden (Gn 2: 1-3, Ex 20: 8-11) sendo que neste momento ainda não existia o povo hebreu. Deus deu o sábado para toda a humanidade através de Adão e Eva que eram representantes do ser humano.
No monte Sinai Deus fala que o estrangeiro que morasse com o seu povo deveria guardar o sábado “Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.” (Ex 20: 10).
Deus também falou através do profeta Isaias que o eunuco e os estrangeiros que quisessem servir a Ele deveriam apenas guardar o sábado.
“Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de fazer algum mal. E não fale o filho do estrangeiro, que se houver unido ao Senhor, dizendo: Certamente o Senhor me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que sou uma árvore seca. Porque assim diz o Senhor a respeito dos eunucos, que guardam os meus sábados, e escolhem aquilo em que eu me agrado, e abraçam a minha aliança: Também lhes darei na minha casa e dentro dos meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. E aos filhos dos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem a minha aliança, Também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos. Assim diz o Senhor DEUS, que congrega os dispersos de Israel: Ainda ajuntarei outros aos que já se lhe ajuntaram.” (Isaías 56:2-8)
Veja que o texto diz: “Bem-aventurado o homem”. A guarda do sábado não foi feita só para os judeus, mas para todo o homem qualquer pessoa que quiser servir a Deus não precisa fazer circuncisão ou se unir ao povo judeu, contudo precisava apenas guardar o sábado.


1.3 A perpetuidade da guarda do sábado


O sábado foi dado como aliança perpetua isto podemos ver em Êxodo 31:16 que diz: “Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações por aliança perpétua.”
No novo céus e nova terra teremos dois momentos de confraternização um momento será o alimento da arvore da vida que será de mês em mês “e que passa no meio da rua principal da cidade. De uma e outra margem do rio estava a árvore da vida, que produz doze frutos, de mês em mês; e as folhas da árvore servem para a cura das nações.” (Ap 22:2) e da guarda do sábado como vemos em Isaias 66: 22,23 que diz:  “Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o Senhor, assim também há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor. ”.

1.4 O sábado é um sinal

 

Um dos pecados que fizeram o povo de Israel ir para o exilio foi a transgressão do sábado. Um dos texto que menciona isto está em Neemias 13: 16-18 que está escrito:
Também habitavam em Jerusalém tírios que traziam peixe e toda a mercadoria, que vendiam no sábado aos filhos de Judá, e em Jerusalém. E contendi com os nobres de Judá, e lhes disse: Que mal é este que fazeis, profanando o dia de sábado? Porventura não fizeram vossos pais assim, e não trouxe o nosso Deus todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? E vós ainda mais acrescentais o ardor de sua ira sobre Israel, profanando o sábado.”
O texto é claro em mostrar que o comercio no dia sábado levou Deus a deixar a cidade no estado de calamidade em que estava. Contudo, depois que voltarão do exilio restauraram a guarda do sábado.
“E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro. E, quando houver disputa, eles assistirão a ela para a julgarem; pelos meus juízos as julgarão; e as minhas leis e os meus estatutos guardarão em todas as minhas solenidades, e santificarão os meus sábados. Ezequiel 44:23,24
            Ao retornarem do exilio voltaram a guardar toda a lei de Deus incluindo o sábado.
Mas, por que Deus ao quebrarem a guarda do sábado Deus deixou que a cidade ficasse em ruinas? Deus deixou isto acontecer por que o sábado é um sinal entre Ele e seu povo isto está escrito em Ezequiel 20:12,20:
“E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles; para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica. E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor vosso Deus.”
            A Guarda do sábado é um sinal que mostra a quem pertencemos. Quando os judeus deixaram de guardar o sábado eles rejeitaram Yavé como seu Deus ficando a mercê dos outros povos. O sábado serve como sinal que mostra que Yavé é o nosso Deus, Ele nos criou e nos protege e é Ele quem nos santifica.

1.5 Como guardar o sábado?


No livro de Gênesis vemos que no princípio o dia era contado sempre a partir da tarde veja só:
foi tarde e manhã do 1º dia (Gênesis 1:5), do 2º dia (1:8), do 3º dia (1:13), do 4º dia (1:19), do 5º dia (1:23), do 6º dia (1:31)
Na Bíblia, o dia tinha as mesmas 24 horas, mas era dividido em duas partes de 12 horas sendo: 12 horas de claro (por volta de 6 horas da manhã até 6 horas da tarde) e 12 horas de escuridão (das 6 horas da tarde às 6 horas da manhã).
Jesus mencionou isso em joão 11:9 “respondeu Jesus: não são doze as horas do dia?.”
E assim o dia que era contado de por do sol a por do sol, conforme levíticos 23:32 “ sábado de descanso solene vos será; então…de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.”
Outro texto que mostra que o dia de sábado começa no por do sol da sexta está em Neemias 13:19: “Sucedeu, pois, que, dando já sombra nas portas de Jerusalém antes do sábado, ordenei que as portas fossem fechadas; e mandei que não as abrissem até passado o sábado; e pus às portas alguns de meus servos, para que nenhuma carga entrasse no dia de sábado.”
Veja o texto traz: “dando já sombra nas portas de Jerusalém antes do sábado” o único momento do dia que a sombras ficam longas é no final do dia especificamente no pôr do sol.
Então, conforme a Bíblia o sábado começa no por do sol da sexta feira e termina no por do sol do sábado. Mas será que isso tem alguma importância ou o que importa é separar um dia e pronto?
Bem se o dia não fosse importante, porque Deus seria tão específico em determinar:
→ o dia? (Êxodo 31:17)
→ a hora de começar e terminar? (Levíticos 23:32)
→ colocar como um dos Dez Mandamentos? (Êxodo 20:8 a 11)
            Contudo, a bíblia traz normas que dizem o que deve e o que não deve fazer em dia de sábado, como são vários textos escolhi apenas dois que resumem todos os outros o primeiro está em Neemias 13:15-17:
  Naqueles dias vi em Judá os que pisavam lagares ao sábado e traziam feixes que carregavam sobre os jumentos; como também vinho, uvas e figos, e toda a espécie de cargas, que traziam a Jerusalém no dia de sábado; e protestei contra eles no dia em que vendiam mantimentos. Também habitavam em Jerusalém tírios que traziam peixe e toda a mercadoria, que vendiam no sábado aos filhos de Judá, e em Jerusalém. E contendi com os nobres de Judá, e lhes disse: Que mal é este que fazeis, profanando o dia de sábado?”
            O dia de sábado não é dia de trabalhar, comprar e vender o dia de sábado é um dia reservado para Deus. O segundo texto está em Isaias 58:13,14:
“Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras, Então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse.”

O sábado é um dia santo é o dia de descaçar das nossas obrigações do dia a dia, é um dia para ser chamado de deleitoso, ou seja, prazeroso, é o dia que não devemos fazer a nossa vontade, mas a de Deus, pois ele é o santo dia do Senhor. A guarda do sábado é tão importante para Deus que ele pede que até as nossas palavras neste dia seja voltada para ele e aqueles que aceitam e guardam o dia de sábado Deus faz a promessa de sustenta-los, de prover tudo que é necessário para eles viverem.

Referencias apenas na ultima parte

o sabado parte 3: A origem do sábado

Existem vários discursões sobre a origem da semana com sete 7 dias, mas o mais aceito é que tanto os babilônios como os hebreus possuíam um calendário com 7 dias na semana, e alguns cogitam que essa separação de uma semana em 7 dias se deu por causa do ciclo da lua que muda a sua forma visível em 7 dias e algumas horas.
Mas a bíblia traz um relato interessante em Genesis 2: 1-3 que diz:
“Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.” Gênesis 2:1-3
O assiriologista alemão Friedrich Delistzch crê que o sábado originou-se na babilônia. Julian Morgenstern acredita que tal observância surgiu no contexto da cultura canaanita. Já Curthbert A. Simpson alega que o sábado era uma reminiscência da suposta “adoração da deusa Lua” pelos próprios israelitas em suas peregrinações no deserto. Paul K. Jewett reflete a teoria mais popular de que a guarda do dia de sábado só ocorreu após o êxodo. Mas será que algum deles está correto? Será que a guarda do sábado é um plagio de outros povos ou ela foi dada para o povo hebreu apenas após o êxodo? Que tal discutimos estas teorias?
A babilônia surgiu em torno de 1894 a.C. e o êxodo foi aproximadamente no ano de 1445 a.C. e neste mesmo ano Moises recebeu os Dez Mandamentos cujo o quarto mandamento diz:
“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.” Êxodo 20:8-11

            Sendo assim, os Judeus já guardavam o sábado antes do exilio babilônico em 586 a.C., mas por que os babilônicos possuíam o calendário de 7 dias? Ou eles realmente utilizavam o ciclo da lua ou estavam seguindo uma tradição que vinha do relato bíblico original que seus antepassados conheceram e passaram de geração a geração.
            O sábado também não poderia ter surgido de um contexto canaanita, pois se isto tivesse acontecido eles teriam adquiridos outras práticas destes povos como, por exemplo, o politeísmo, imagens para representar os seus Deuses ou até mesmo o sacrifício humano e orgias sexuais nos cultos já que estas práticas eram comuns naquele local principalmente naquela época.
            O Sábado como adoração a deusa lua seria um absurdo, pois os hebreus eram monoteísta e possuíam Yahweh como o único.
            Quanto o sábado dado penas depois do êxodo possui um problema, pois a guarda do sábado foi instituída na criação (Gn 2:1-3) quando Deus abençoou, santificou e descansou no sétimo dia e ainda mais se o sábado tivesse sido dado após o êxodo então por que os hebreus não levaram consigo ciclo semanal de 10 dias que possuíam os egípcios? Talvez por que eles já guardavam o sábado bem antes do êxodo.
           

1.1 Genesis 1-11


Os defensores do método Crítico-histórico negam a literalidade do relato do Genesis 1-11, sugerindo que o conteúdo é apenas mitológico, mas será que eles estão certo?
Para bordar este tema gostaria de dividi-lo em dois, primeiro: relatos históricos e segundo: o relato bíblico.
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a)    Relatos históricos

O relato bíblico pode até, em alguns momentos, parecer difíceis de acreditar se tentarmos pensar neles de maneira literal. Mas, contudo, os tribunais também estão cheios de histórias difíceis de acreditar que se comprovaram verdadeiras.
O que devemos fazer é procurar uma outra pessoa, que não tem nada em comum com o primeiro relato, que pudesse comprovar a história. Uma pessoa sozinha pode ser capaz de mentir, mas várias pessoas que nunca tiveram contato relatar o mesmo fato, mesmo que seja de forma diferente, dificilmente estarão mentindo e este relato possui uma grande chance de ser verdade.
Será que encontramos algum outro povo que não teve contato com o povo hebreu que pudesse comprovar o relato bíblico do Gênesis 1-11? Pois se Adão realmente foi o primeiro ser humano vários outros povos contariam a sua história, pois todos os povos vieram dele. Devemos lembrar que nenhuma pessoa conta mesmo fato da mesma forma é possível que haja pequenas diferenças, mas o fato principal permanecerá. Da mesma forma que várias testemunhas de um homicídio não contam o fato da mesma forma e até mesmo possui pequenas contradições, mas não estão mentindo, pois contam o mesmo fato de perspectivas diferentes, porém o fato principal que é o homicídio todos concordam. Então pergunto novamente existe algum outro povo que não possui vinculo nenhum com o povo hebreu que possui relatos parecidos? Por mais incrível que pareça estes relatos existem e em uma quantidade muito maior que necessário para provar o relato bíblico.
Milhares de tabletes cuneiformes foram encontrados na mesopotâmia contendo relatos de como teria sido o início da humanidade. Uma coincidência que chamou muito a atenção dos pesquisadores foi o nome do primeiro homem segundo estas antigas tradições. A grafia do seu nome mudava um pouco de acordo com cada região, mas eram muito parecidos alguns deles são: Adamu, Adime, Adapa, Alulim, Alorus, Atûm, Adumuzi e outros. Ao olharmos para bíblia podemos perceber que estes nomes são muito parecidos com o nome “adam” em hebraico, talvez todos eles seriam variações do mesmo nome. Possivelmente sejam o mesmo nome só que em línguas diferentes. Seria como hoje conhecermos alguém com o nome de Miguel que em inglês é Michael e em francês Michel. Apesar de que existem diferenças idiomáticas, mas podemos perceber que existe algum tipo de raiz temática que acompanha a todos estes nomes.
Os tabletes cuneiformes mesopotâmicos revelaram que existia uma antiga tradição da existência do primeiro homem que eles chamam de Adapa. E este nome é muito semelhante ao nome Adam em hebraico ou Adão em português. Desta história já foram encontrados 4 fragmentos sendo 3 deles da biblioteca de Assurbanipal, século 7º a.C., da cidade de Nínive e o mais extenso é da biblioteca de El Amarna que funcionava na época do faraó Arquenaton que foi escrito no 14º século antes de cristo.
Segundo estes escritos antigos o primeiro homem se chamava Adapa que recebeu dos deuses uma grande sabedoria, mas ele não era naturalmente imortal. Adapar era filho, através da criação, do deus Eá que morava na cidade de Eridú. O mais curioso é que Eridú vem da mesma raiz etimológica que Éden e Edenu que querem dizer paraíso ou planura e outra curiosidade é que Lucas na genealogia de Cristo chama Adão de filho de Deus da mesma forma que no mito de Adapa (Lc 3:38). Adapa também foi tentado sendo que pelo deus Anú que disse que se ele comesse do “pão e agua da vida” ele seria imortal como os deuses. Estas palavras são parecidas com as palavras da serpente que disse para Erva que se comesse do fruto proibido ela não morreria e seria como Deus (Gn 3: 4,5).
Esta e outras várias histórias semelhantes foram encontradas em várias partes da mesopotâmia. Outra história parecida é encontrada no épico Babilônico de Gilgamesh em que Ekidú passa a ser um “conhecedor” e por isso se tornou igual aos deuses.
Um tablete encontrado 1934 a 23km de Nínive revela uma lista de reis assírios que viveram em tendas sendo Tudia o primeiro nome da lista e o segundo nome Adamu que possivelmente seu nome tenha vindo de um ancestral famoso e por que não supor esse nome tenha vindo do Adão do Éden?
Estas são apenas algumas histórias vinda do oriente médio, mas ainda existem várias outras que trazem histórias parecidas como a Arca de Noé e a torre de Babel.
Fazendo um estudo comparativo pelo menos 6 pontos comuns do relato bíblico com as antigas histórias do oriente médio, entre elas estão:
1-    A criação e a desobediência de um casal humano que perde o paraíso;
2-    A maldição que trazida pela desobediência, trazendo a morte aos habitantes da terra;
3-    O início da família humana marcada pelo homicídio causado por irmãos;
4-    A humanidade se torna má e, por isso, é destruída pelos deuses através de um diluvio;
5-    O perecimento de quase toda humanidade, menos de alguns que são preservados pelos deuses;
6-    Uma confusão de idiomas que espalha os homens pelos 4 cantos da terra.
Estes paralelos quebraram a tese de que o relato bíblico foram apenas mitos criados por Moises, mas alguns agora dizem que o relato do Genesis não passa de um plágio dos relatos mesopotâmicos anteriormente existente, contudo, desmentindo este pensamento o Dr Kenneth A. Kitchen Professor Emérito de Egiptologia da universidade de Liverpool, disse que este tipo de pensamento é equivocado, pois o comum é que os relatos e as tradições surjam por acréscimo por embelezamento, mas não o contrário. Em suas próprias palavras ele diz: “No antigo oriente, as lendas não eram simplificadas para se tornar pseudo-histórias, como tem sido sugerido no Gênesis”.
O Gênesis possui uma forma tão simplificada que parecer ser uma correção dos relatos que o antecede. A prova disso é que entre todos os textos ele é o único que apresenta o monoteísmo clássico.
Até mesmo o Judeu Levi-Strauss, que considerava o relato do Gênesis um mito, foi forçado em admitir que “Grande surpresa e Perplexidade surgem do fato que esses temas básicos para os mitos da criação são, mundialmente, os mesmos em diferentes áreas do globo, principalmente fora do antigo Oriente Médio.
            Se o relato bíblico fosse um mito ou um plágio de outras lendas da mesopotâmia ele não seria tão amplamente divulgado entre povos de vários locais do mundo que não tinham nenhum contato com as escrituras hebraicas ou com os povos da terra bíblica. Foi uma grande surpresa para os missionários encontrar entre tribos isoladas da América tradições com relatos parecidos com o que está escrito no Genesis um exemplo disso está escrito no livro “A eternidade em seus corações” escrito pelo missiologo Dom Richardson.
            No norte de Calcutá na Índia existe um povo chamado santal que possui uma tradição muito antiga que dizia que o primeiro homem foi formado do barro pelo deus Tarkigiu e o seu nome era Haran que parece muito com o nome Adam em hebraico. Depois foi criada a mulher e foram colocados em um jardim chamados Pipirí onde foram tentados e caíram em tentação depois dormiram e quando acordaram perceberam que estavam nus.
            Todas estas histórias mostram que tanto o relato bíblico como estas tradições por todo o mundo saíram do mesmo relato que tiveram como ponto de encontro a história de Adão e Eva. As diferenças podem ter surgido com o passar do tempo e com o mergulho dos descendentes de Adão nas religiões politeístas.
            Cientes de todas estas infamações podemos concluir que o relato bíblico é real e literal, pois se não o fosse ele não estaria tão espalhado por todo o mundo.

b)   O relato Bíblico

A própria bíblia mostra que o relato de Genesis 1-11 é literal, nós poderemos ver isso nos seguintes textos:

O quarto mandamento

“Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.” Êxodo 20:11

            Este texto considera os seis dias da criação como seis dias literais e de 24 horas e a palavra utilizada para dia é Yon que quer dizer dia de 24h.

            Deus fez o homem e a mulher

Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.
Marcos 10:6

            Neste texto Jesus considera a criação de Adão e Eva como algo literal e não uma consequência de fatos evolutivos.

            A entrada do pecado no mundo

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Romanos 5:12

            Este texto considera que o pecado entrou mundo por causa de um único homem, ou seja, através de Adão.

            O dilúvio

“E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.” Mateus 24:37-39

            Este texto considera o relato do Dilúvio como algo literal e universal.

            A Genealógia

“E Judá de Jacó, e Jacó de Isaque, e Isaque de Abraão, e Abraão de Terá, e Terá de Nacor, E Nacor de Seruque, e Seruque de Ragaú, e Ragaú de Fáleque, e Fáleque de Eber, e Eber de Salá, E Salá de Cainã, e Cainã de Arfaxade, e Arfaxade de Sem, e Sem de Noé, e Noé de Lameque, E Lameque de Matusalém, e Matusalém de Enoque, e Enoque de Jarete, e Jarete de Maleleel, e Maleleel de Cainã, E Cainã de Enos, e Enos de Sete, e Sete de Adão, e Adão de Deus.” Lucas 3:34-38

            Os personagens descritos nos capítulos de Genesis 1-11 são tratados como seres reais e literais de tal forma que fazem parte da genealogia de Cristo.

            Deus como Criador

“Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” Apocalipse 14:7

Este texto considera Deus como criador da mesma forma que é descrita em Gênesis 1-11.


            Desta forma fica insustentável a tese de que Gênesis 1-11 passa apenas de mito criado por Moises devendo ser interpretado de forma Alegórica, pois tanto os relatos extrabiblicos quanto a própria bíblia consideram estas passagens como algo literal.

obs: referencias apenas na ultima parte.