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1 Texto e
Tradução
Primeiramente, o interprete da bíblia deve ter aceso a
palavra de Deus tanto na língua Original como na língua moderna.
Estudos Textuais
Preservação do
texto bíblico: Hoje
através de estudos textuais foi comprovado que temos cerca de 99,5% do que
estava escrito nos manuscritos originais e estes 0,5% restantes trata-se de
textos que não apresentam ameaça a fé. Os manuscritos do antigo testamento
apesar de ter uma quantidade muito menor do que os do novo testamento eles
foram mais preservados em relação as suas variantes, praticamente não existindo
diferenças textuais entre manuscritos com mais de 1000 anos de diferença. Os
manuscritos do novo testamento apesar de possuir um número maior de manuscritos
existem muitas variantes, mas pela grande quantidade, cerca de 3000, foi
possível reconstruir a ponto de quase por completo o texto original. Fazendo
assim da bíblia o escrito antigo mais confiável da história.
Necessidade de
estudos Textuais: Os
estudos textuais possuem aproximadamente 150 anos de diligentes buscas para
encontrar o texto original. Está ciência é chamada de crítica textual, que se realizada
por pessoas que respeitem a autoridade da bíblia e rejeitam os pressupostos do
método crítico-histórico, insistem que a norma final para determinar o texto
autentico da Escritura se encontra dentro da própria escritura. As bíblias
hebraicas e grega padrão fornecem em seus rodapés as principais variantes
textuais.
Traduções e Versões
A própria escritura dá exemplos de
tradução mostrando que não a nada de errado em fazer tradução pelo contrário é
algo necessário para o crescimento do evangelho (Ne 8:8; Mt 1:23; Mc 5:41;
15:22,24).
Os
desafios da tradução: As principais dificuldades em se traduzir o texto bíblico
estão relacionadas com a falta de equivalência entre as palavras das línguas
originais e das línguas modernas além disso existe a grande diferença de
cultura e tempo em que foram escritos para os tempos modernos. As diferenças
entre as línguas que podem reduzir ou ampliar o sentido das palavras além de
existirem palavras com mais de um sentido no qual o tradutor poderá manter a
forma ou escolher qual sentido ele queira mostrar, no qual o tradutor poderá causar
terríveis danos se escolher o sentido incorreto.
Tipos
de tradução: Existem basicamente três tipos de tradução que são:
Formais: Trazem a equivalência do texto
original palavra por palavra, são ótimas para estudos, mas são difíceis de se
entender.
Dinâmicas: Trazem a equivalência de
significado, desta forma trazem uma linguagem contemporânea, mas a tradução
fica sujeitas as ideias do tradutor.
Paráfrases: Trazem interpretações do texto
de acordo com o tradutor, ótimas para devocionais, pois são fáceis de se
entender, mas a tradução fica sujeitas as ideias do tradutor.
Diante destes tipos de traduções os estudantes das
escrituras devem ser cautelosos em relação ao tipo de tradução que está se
utilizando. Devem sempre compara a tradução na linguagem de hoje com as formais
ou até mesmo com o original para não basear a sua fé em uma tradução equivocada
e tendenciosa.
2. Contexto histórico
A fim de compreender as Escrituras, devemos primeiro
determinar qual o significado delas em seu ambiente original. Cumpre-nos ver em
que situação cada ensino foi ministrado – o pano de fundo histórico; quem disse
o que, a quem e sob que circunstância. Quando compreendemos essas coisas, será
mais fácil aplicar a mensagem bíblica as situações atuais.
A bíblia como história confiável
Todas as pessoas e instituição
que aparecem no AT e NT são apresentadas como parte integrante de um fato
histórico. Os profetas, Jesus e os outros escritores bíblicos tratam o relato
do gênesis como um fato histórico (Mt 19:4,5; 24:37 -39; Mc 10:6; Lc 3:38;
17:26,27; Rm 5:12; I Co 6:16; II Co 11:3). Os Escritores bíblicos posteriores
também se referem ao tempo dos patriarcas, ao Êxodo e a outros acontecimentos
da história do AT e do NT, interpretando-os como descrições confiáveis das verdadeiras
inter-relações no espaço-tempo entre Deus e seu povo.
Os argumentos dos escritores do NT
admitem a veracidade histórica das pessoas, acontecimentos e instituições que
foram tipos dessas realidades históricas (ICo 10:1-11; IPe 3:18-22).
Do mesmo modo, uma hermenêutica
baseada na bíblia aceita literalmente a criação em 6 dias literais e
consecutivos de 24h, um diluvio universal, as narrativas dos patriarcas, o
êxodo no século 15 a.C. a conquista de Canaã e outros eventos miraculosos e sobrenaturais.
Questões de Introdução
Na hermenêutica dos escritores
bíblicos a atenção se dirige para diversas questões “introdutórias” (data,
autoria e situação vital dos livros), as quais se tornam por vezes extremamente
importantes para o argumento do escritor inspirado.
A Hermenêutica que utiliza a bíblia
como sua própria interprete aceita que o pentateuco foi escrito por Moises e
que Isaias e Daniel como autores dos seus livros, Salomão como autor da maioria
dos proverbio, Davi dos salmos que lhe são atribuídos, etc.
É claro que existem livros na bíblia
que não indicam quem foi seu autor ou em qual ano foi escrito, para
interpretação deste devemos nos basear na bíblia e examina-las à luz das
evidencias extrabíblicas disponíveis.
Contexto histórico
Obter-se o Contexto histórico de
qualquer passagem pelos dados apresentados pela escritura e o esclarecimento
provido pelas fontes Extrabíblicas e como também está familiarizado com cada
acontecimento é extremamente importante para revelar o ambiente histórico das
escrituras. Esse conhecimento é vital para entendermos certos acontecimentos
como, por exemplo, os documentos cuneiformes babilônicos que mostram o porquê
que o “rei” Belsazar só poderia oferecer a Daniel o terceiro lugar no reino,
pois o seu pai Nabonido ainda era o legitimo rei da babilônia. O estudo das
facções judaicas, por exemplo, ajuda a esclarecer as disputas entre Jesus e os
fariseus.
Aparente discrepâncias
com descobertas da história Secular
Durante séculos, eruditos bíblicos
têm questionado a exatidão e veracidade dos numerosos detalhes históricos do
registro bíblico, tais como a existência de Dario, mencionado em Daniel e a
conquista de Canaã. Tais discrepâncias são resolvidas por estudos mais
profundos sobre o assunto. Como a análise de registros medo-persa que possuía o
nome de Dario e estudos nas ruinas de Jericó comprovaram que a cidade foi
destruída conforme o texto bíblico.
Aparentes
Discrepâncias Entre Relatos Bíblicos paralelos
No Material histórico da escritura,
especialmente nos livros de Samuel/Reis e Crônicas no AT e nos Evangelhos no NT,
relatos paralelos apresentam as diversas diferenças em detalhes ou ênfases (por
exemplo, Mt 21:33-44, Mc 12:1-11 e Lc 20:9-18). Diversos princípios nos ajudam
a resolver essas aparentes discrepâncias.
Reconhecer
os diferentes propósitos dos diferentes escritores. Os quatro evangelhos
foram escritos com objetivos e planos gerais ligeiramente diferentes. Mateus
muitas vezes arranja o seu material em ordem temática, e não cronológica.
Marcos apresenta um relato quase ofegante das atividades de Jesus. Lucas parece
estar apresentado Jesus aos gentios. E o evangelho de João é singular, escrito
conforme ele mesmo admite, para promover a fé.
Reconhecer
que cada escritor pode estar fazendo um relato parcial do incidente, que deve
combinar-se com outros relatos para formar um relato total. Os relatos
paralelos da compra feita por Davi da eira sobre o monte Moriá (II Sm 24:24,
ICr 21:25) apresentam valores e nomes de proprietários diferentes. Isto não
significa que elas se contradizem. Os 50 ciclos de prata foram pagos pelos dois
bois e a carroça de madeira ao passo que 600 ciclos foi pago por todo o
terreno. Araúna e Ornã são alternativas ortográfica para o mesmo nome. Outros
exemplos são o do Jovem rico (Mt 19:16-30; Mc 10:17-31; Lc 18:18-30), do cego
em Jericó (Mt 20:29-34; Mc 10:46-52; Lc 18:35-43) e da ressureição de Jesus (Mt
28:1-15; Mc 16:1-8; Lc 24:1-11; Jo 20:1-10).
Reconhecer
que a confiabilidade histórica não exige que os diferentes relatos sejam idênticos. O fato de os escritores dos evangelhos terem
usado linguagem diferente é evidencia de que foram independentes em sua
autenticidade e integridade. Mateus cita as duas primeiras orações de Jesus no
Jardim do Getsêmani, que continha o mesmo pensamento, mas palavras ligeiramente
diferentes e depois em Mateus 26:44 registra que Jesus “foi orar pela terceira
vez, repetindo as palavras”.
Reconhecer
que as convenções historiográficas aceitas nos primeiros séculos eram
diferentes das de hoje. Emprega-se muitas vezes uma linguagem “fenomenológica”
ou “observacional”, ilustrada por termos da língua comum, tais como “o pôr do
sol”, “os quatro cantos da terra” ou “as extremidades da terra”, sem que isso
implicasse uma cosmologia geocêntrica ou uma terra plana. Usavam-se com frequência
aproximações numéricas, tais como o número de mortos no monte Sinai (I Co 10:8;
Nm 25:1:9). Não devemos esperar mais elevados níveis de precisão das
mensurações feitas em tempos bíblicos.
Reconhecer
que alguns milagres e ditos similares de Jesus registrados nos evangelhos sinóticos
podem ter ocorrido em momentos diferentes. O ministério de três anos e meio
de Jesus envolveu, sem dúvida, repetição de ensinamentos e milagres. Um exemplo
é a multiplicação dos pães e dos peixes para alimentar 5 mil pessoas e mais 4
mil depois. Seria tentador afirmar que se trata de relatos divergentes do mesmo
acontecimento, caso o próprio Jesus não tivesse se referido a eles como dois
episódios distintos (Mt 16:9, 10)
Reconhecer
que nas escrituras existem alguns pequenos erros de transcrição. Isso se
evidencia principalmente na transcrição de números nos relatos paralelos de
Samuel/Reis e Crônicas. O estudo Textual pode ajudar na determinação da melhor
leitura.
Admitir
que, por vezes, pode ser necessário não fazer pronunciamento sobre algumas
aparentes discrepância, até que mais informações estejam disponíveis. Um exemplo
são os dados cronológicos a respeito dos reis de Israel e Judá no livros de
Reis e Crônicas. Pareciam confusos até que a tese doutoral de Edwin Thiele,
publicada como The Mysterious Numbers of
the Hebrew Kings (1951; revisada 1983), mostrou como a aplicação de quatro princípios
básicos de cálculo cronológico sincroniza completamente números bíblicos com os
dados Extrabíblicos.
Conclusão:
As diretrizes para interpretação surgem
de princípios fundamentais, elas servem para guiar o interprete no entendimento
das escrituras sendo que elas mesmas se mostram nas escrituras de forma implícita
ou explicita. Das várias diretrizes este estudo abordou “Texto e Tradução” no
qual mostrou que o texto bíblico foi muito bem preservado, principalmente
quando comparado com outros escritos contemporâneos; a necessidade de estudos
textuais para obter a correta interpretação de determinados textos e os desafios
das traduções quanto os vários tipos de tradução e como podemos usa-las na
interpretação. Também foi visto “Contexto Histórico” que mostrou que a bíblia é
uma fonte histórica confiável; a importância de conhecer a introdução dos
textos; o contexto histórico no qual foram escritos o texto e a forma de
interpretar os textos com aparentes contradições com a história e com outros
textos paralelos. Tendo em vista estas diretrizes o interprete da bíblia poderá
alcançar a verdadeira interpretação bíblica, mas deverá respeitar os outros princípios
que serão apresentados no próximo estudo.
Referencias:
Tratado de Teologia Adventista
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